segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Recuperação é fábrica de dinheiro para escolas

Entrevista da Psicopedagoga Selma Daltro ao Programa Acorda Cidade

Têm sido cada vez mais altos os índices de alunos que fazem recuperação, sistema que visa evitar a reprovação dos estudantes que não conseguem atingir a média estabelecida pela escola durante o ano letivo. Para a psicopedagoga Selma Daltro, a prática tem se tornado uma verdadeira fábrica de dinheiro para as escolas, que valorizam mais a produtividade do que a qualidade. Durante entrevista ao programa Acorda Cidade, ela criticou a idéia de destacar "os melhores", condenando os demais ao fracasso.

"E os que não aparece nos outdoors, onde estão?", questionou a psicopedagoga, ressaltando que é " muito fácil lidar com quem é bom, é produtivo" e que a partir do resultado do Enem haverá uma proliferação desse tipo de publicidade, com a lista "dos melhores". Selma disse que a questão da recuperação é muito séria, principalmente na rede particular de ensino. "O que vemos é uma grande fábrica de dinheiro para pagar 13º salário de professor, para ter destaque na produtividade", frisou.

Defendendo a abertura do debate sobre o novo papel da escola, Selma Daltro afirmou que um aluno que fica em recuperação de dez disciplinas não pode ter, de repente, um desempenho suficiente para passar de ano e deixou claro que não há preocupação por parte das escolas. "Se pegarmos os conteúdos estudados hoje são os mesmos que estudamos no passado. O perfil do aluno mudou e as escolas estão negando esta realidade", observou.

A psicopedagoga avaliou que o momento vivido pela Educação em Feira de Santana, na Bahia e no Brasil é histórico e marcado por turbulências. "É preciso pensar o papel da escola, principalmente a escola privada, que ainda cultua a figura do herói, daquele aluno que tem sucesso em várias universidades", defendeu, conclamando os pais a participarem dessa discussão e questionando "até que ponto a nossa escola está contribuindo para formar uma sociedade mais justa, mais igualitária".

Selma Daltro disse ainda que não dá mais para "viver no século passado", pois hoje, com a rede de comunicação interligando o mundo, o perfil do aluno é outro, enquanto a escola continua exaltando os melhores, trabalhando com a competição. Ela enfatizou "que muitas escolas acreditam que têm todas as respostas e certezas" e transmitem a idéia de que "não estar nos outdoors é sinônimo de fracasso". A psicopedagoga defendeu uma postura educacional com "menos economia e mais produção de valores".

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Psicóloga X Cazuza

Uma psicóloga que escreveu, corajosamente algumas verdades. Uma psicóloga que assistiu ao filme escreveu o seguinte texto: 'Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora.. As pessoas estão cultivando ídolos errados.. Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza?
Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível. Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado. No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.. São esses pais que devemos ter como exemplo? Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante. Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não. Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou. Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria? Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor. Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO quando necessário? Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor . Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar.. Não se preocupem em ser 'amigo' de seus filhos.
Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi à pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre.'

Karla Christine - Psicóloga Clínica

sábado, 24 de outubro de 2009

Mensagem do Mês

COMO UMA CRIANÇA

Uma adorável menininha, a Mariana de três aninhos dormiu com a avó Maria.

Já pela manhã ela já estava como toda criança brincando, mas foi interrompida pela avó que lhe pediu:

– Ei Mariana não faça barulho agora querida, a vovó esta com muita dor de cabeça.

A Mariana parando de falar foi alisou a cabecinha da vovó Maria e Falou:

– Eu vou por a minha mãozinha sobre a sua cabeça vovó e pedir a Jesus que faça a dor ir embora.

Depois de uma pequena palavra de oração a Mariana abriu os seus lindos olhos e mostrando muita confiança perguntou:

– E ai vovó, Jesus curou você?

E a vovó com um sorriso terno e tranquilo respondeu:

– Sim minha queridinha, Jesus lhe atendeu a dor desapareceu.

Amados, lembramos de nosso tempo de criança, não tínhamos preocupações não haviam duvidas ou incertezas e muito menos fofoca. Não passávamos os dias ansiosos pelo que tínhamos que fazer ou aflitos pelo que não havíamos realizado. Tudo era tão calmo, tranquilo, brincávamos com a confiança de que tudo estava bem e assim iria continuar. É desta maneira que Deus quer vivamos. Devemos encarar todos os momentos bons ou ruins com a tranquilidade daqueles que confiam que a mão do Senhor esta ali. Haja o que houver sairemos da situação fortalecidos, edificados. Ele prometeu estar conosco todos os dias e se cremos em Sua promessa nada temos que temer.

E assim como a pequena Mariana de três aninhos coloquemos tudo diante de Deus, porque sabemos que aquele que confia recebe em Cristo Jesus.

Então aprenda a ser como uma criança.

(Autor desconhecido)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O papel do educador diante da agressividade, violência e comportamento anti-social

Christiane D’Angelo Fernandes e Maria Fernanda Souza*

O papel do educador vem passando por um intenso processo de modificação nas últimas décadas, reflexo de constantes mudanças na sociedade, gerando novos desafios, demandas, instrumentos facilitadores e também inúmeros obstáculos. Um dos principais desafios encontrados pelo educador está no comportamento do aluno. De atitudes inadequadas a conflitos diretos com colegas de classe e professores, surgem algumas das maiores preocupações vivenciadas pela escola atualmente.
Problemas no estabelecimento e na manutenção da disciplina, aumento de atitudes agressivas, atos violentos, transgressão de regras, violação dos direitos alheios, entre outras manifestações anti-sociais no ambiente escolar, evidenciam importantes desajustes na relação educador/aluno. O educador diante de tal situação necessita conhecer as causas e conseqüências destes problemas para, então, buscar soluções e evitar o agravamento e a disseminação deste padrão de comportamento, passando do âmbito individual para o coletivo.

O que eu, professor, devo fazer?

· Procure motivar o aluno pela busca do Saber;

· Evite confronto com a criança ou adolescente;

· Promova o diálogo e valorize os esforços e conquistas do aluno;

· Promova também uma reflexão entre os alunos sobre questões que envolvam comportamentos e conflitos;

· Não se esqueça da importância do seu papel como educador: você pode ser o agente transformador no desenvolvimento de seus alunos.

Diversas são as causas destes problemas, entre elas: frágeis referências morais, distorção de valores, questões familiares (dificuldades no estabelecimento de limites, regras, dinâmica familiar comprometida, violência doméstica etc.), problemas culturais, barreiras sócio-econômicas, conflitos emocionais do próprio educando, problemas de saúde mental do educando e/ou de familiares, comprometimento cognitivo ou dificuldades de aprendizagem.
Os problemas de saúde mental, cognitivos e de aprendizagem pouco são considerados como causas efetivas de comportamentos agressivos, mas sua interferência no padrão de comportamento de crianças e adolescentes vem sendo cada vez mais evidenciada por profissionais de saúde mental.
As dificuldades do aluno não são o único fator gerador de tais problemas. As condições emocionais e profissionais do educador também interferem no agravamento ou possibilitam a diluição dos problemas citados. Outro fator relevante é a ausência ou insuficiência de infra-estrutura e de recursos materiais, sociais e educacionais necessários para o pleno desenvolvimento do processo educativo. Recursos estes que deveriam ser garantidos pelo sistema educacional.
As conseqüências geradas são incalculáveis. O enfraquecimento da relação aluno/ educador, falhas no processo educativo, perda do referencial de autoridade no ambiente escolar e o inquestionável agravamento das barreiras encontradas por todos os envolvidos neste processo são apenas as mais evidentes. Tal é a gravidade destes problemas que estas conseqüências não se limitam ao ambiente escolar, mas se traduzem em sérios reflexos sociais.
Diante da multiplicidade de causas e conseqüências, seria insensato falar em soluções “mágicas”, especialmente a curto ou médio prazos. O que deve ser buscado gradualmente é a identificação dos fatores causais, o fortalecimento dos agentes implicados em todo o processo, a ampliação dos espaços e possibilidades de reflexão e discussão, buscando a melhoria das condições de ensino.


As “armas” do professor

Na prática, o educador dispõe de alguns recursos importantes. O fortalecimento emocional e profissional garantem melhores possibilidades em sua atuação diária. Seu auto-conhecimento promoverá um melhor controle de situações de conflito. Neste processo, uma importante estratégia é a de potencializar sua capacidade em motivar seu aluno e despertar seu interesse pela busca do saber, oferecendo novas possibilidades de adquirir conhecimento e superar barreiras.
Evitar o confronto direto com o aluno é fundamental para preservar qualquer possibilidade de reestruturação de um relacionamento já comprometido. Para isto, é importante que o educador perceba que a manifestação agressiva, em geral, não tem como causa o próprio educador ou qualquer divergência pessoal por parte do aluno, mas é um reflexo das barreiras encontradas por este em seu desenvolvimento emocional, cognitivo e social.

Outra importante solução é a adoção de políticas públicas que fortaleçam e desenvolvam a atuação do educador

Ajudar o aluno a potencializar seus recursos internos, valorizar qualquer possibilidade de esforço ou conquista, promover o diálogo e buscar ajuda externa, quando a situação demonstra sinais de agravamento, são algumas das ferramentas que o educador dispõe. Além disso, o professor pode gerar uma reflexão entre os alunos sobre as questões que envolvem comportamentos, conflitos e atitudes inadequadas, possibilitando o envolvimento dos jovens na construção de soluções. Faz parte da missão do educador e da instituição de ensino garantir às possíveis vítimas de atitudes agressivas o suporte necessário para a solução de problemas.
Outra importante solução é a adoção de políticas públicas que fortaleçam e desenvolvam a atuação do educador e ofereçam melhores condições de ensino e de vivência no ambiente escolar, visando a diminuição do descompasso existente entre a vivência contemporânea e a realidade vivenciada em sala de aula.
Muito há que se pensar sobre soluções e caminhos para que o ambiente escolar possa realmente oferecer a alunos e profissionais as condições adequadas para o pleno desenvolvimento do processo educativo. Um ponto deve ser fortemente valorizado e explorado: a importância do papel do educador, não apenas diante de comportamentos inadequados, como também diante da possibilidade de tornar-se um agente transformador no desenvolvimento de seu aluno.
Tal importância foi claramente evidenciada pelo professor e psicopedagogo Celso Antunes no texto “O sagrado e o profano na missão do professor”, que diz: ”a certeza de que possui uma profissão imprescindível, de que de sua ação no cotidiano se constrói o mundo em que se viverá. A imensa fé e crença de que sem professores uma sociedade não inventa médicos ou engenheiros, não faz surgir arquitetos ou mecânicos… O verdadeiro professor não pode ser guiado pela frieza de uma visão somente profana, mas também não pelo idealismo ingênuo de ser manipulado por sua crença autêntica...”.
A afirmação nos leva a refletir sobre a grandeza e a complexidade do papel do educador, sobre os desafios a que é submetido diariamente, sobre a necessidade de sua capacitação e atualização constantes, sobre a influência de suas ações e sobre a cautela necessária em sua atuação.

*Christiane D’Angelo Fernandes é educadora, coach e diretora-executiva do SINAL – Socialização da Infância e Adolescência Laborada; Maria Fernanda Souza é Pedagoga e Psicomotricista do SINAL

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mensagens

FOLHA EM BRANCO

Certo dia eu estava aplicando uma prova, os alunos, em silêncio tentavam responder as perguntas com uma certa ansiedade. Faltavam uns 15 minutos para o encerramento e um aluno levantou o braço, se dirigiu a mim e disse: - Professor, pode me dar uma folha em branco? Levei a folha até sua carteira e perguntei por que queria mais uma folha em branco.

Ele respondeu: - Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez. Apesar do pouco tempo que faltava, confiei no rapaz, dei-lhe a folha Em branco e fiquei torcendo por ele. Aquela sua atitude causou-me simpatia.

Hoje, lembrando aquele episódio simples, comecei a pensar quantas Pessoas receberam uma folha em branco, que foi a vida que DEUS lhe deu até agora, e só tem feito rabisco, confusões, tentativas frustradas e uma Confusão danada...

Acho que, agora, seria um bom momento para se pedir a DEUS uma folha Em branco; uma nova oportunidade para ser feliz. Assim como tirar uma boa nota depende exclusivamente da atenção e Esforço do aluno, uma vida boa, também depende da atenção que dermos aos ensinamentos do professor nosso DEUS.

Não importa qual seja sua idade, condição financeira, religião, etc...

Levante o braço, peça uma folha em branco, passe sua vida a limpo.

Não se preocupe em tirar 10 (dez), ser o melhor, preocupe-se apenas em Ter a simpatia do Mestre. Ele está mais interessado em quem pede ajuda, portanto, só depende de você.

Que o Senhor te abençoe, guarde a tua vida e te liberte de todo mal...

(Autor: Desconhecido)


CONFIE EM DEUS

Largue qualquer sombra do passado ao chão do tempo, qual a árvore que lança de si as folhas mortas? Não se ausente, diante da oportunidade de servir, pois, sentirá a mão de Deus. Mobilize o pensamento para criar vida nova, produzindo qualidades e aprimorando seus defeitos. Seja simpático e evite qualquer impulso de agressão. Se você pode ajudar, em auxílio de alguém, faça isso agora. Enriqueça seu vocabulário com boas palavras, que levante o outro.Aprendendo a escutar, você saberá compreender. A melhor maneira de extinguir o mal será substituí-lo com o bem.Viva o presente, agindo e servindo com fé e alegria sem afligir-se pelo futuro, porque, para viver amanhã, você precisará viver hoje. Habitue-se a sorrir. Não permita que a dificuldade lhe abra porta ao desânimo porque nela aprendemos a ser melhor.Ampare-se, amparando os outros. Abençoe as pessoas que encontrar. Nunca desconsidere o valor da sua dose de solidão, a fim de aproveitá-la em meditação e reajuste das próprias forças.Observe, todo o tempo, é tempo de DEUS para restaurar e corrigir, começar e recomeçar.

(Autor: Desconhecido)


SEMEADURA

Quem planta árvores, colhe alimento.

Quem planta flores, colhe perfume.

Quem semeia trigo, colhe pão.

Quem planta amor, colhe amizade.

Quem semeia alegria, colhe felicidade.

Quem planta a vida, colhe milagres.

Quem semeia verdade, colhe a confiança.

Quem semeia fé, colhe a certeza.

Quem semeia carinho, colhe gratidão.

No entanto, há quem prefira semear:

Tristeza e colher amargura.

Plantar discórdia e colher solidão.

Semear vento e colher tempestade.

Plantar ira e colher inimizade...

Plantar injustiça e colher abandono.

Somos semeadores conscientes,

Espalhamos diariamente milhões de

Sementes ao nosso redor.

Que possamos escolher sempre

As melhores, para que, ao recebermos

A dádiva da colheita farta,

Tenhamos apenas motivos para agradecer.

Que Jesus nos ensine a plantar a dádiva de evangelizar e a colher almas para Cristo.

(Autor: Desconhecido)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Falar sobre sexo no ensino fundamental não é cedo demais

A informação é crucial para a prevenção de doenças

Até a década passada, as aulas de educação sexual nas escolas para alunos acima de 14 anos, era uma evolução da sociedade e na educação formal dos adolescentes. Mas essa realidade mudou, e muito, em pouco tempo e cabe a todos refletir como fazer, o que falar, como agir para que essa criança seja orientada adequadamente a partir dos 8 anos.
Os números assustam:
1) Desde o primeiro caso de AIDS no Brasil (1982) até a mais recente publicação do boletim epidemiológico das DST/AIDS (Brasil, 2007) houve um aumento da infecção na faixa etária entre 13 e 24 anos (54.965 casos - 10.337 entre 13 e 19 anos e 44.628 entre de 20 e 24 anos);
2) Apesar de raro, o Hospital Pérola Byngton (em São Paulo) tem registro de dois casos por ano de câncer de mama, entre adolescentes, na faixa etária entre 13 e 16 anos;
3) Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2006) mostra que a única faixa etária que apresentou aumento da fecundidade foi a de 15 a 17 anos (6,9% em 1996, para 7,6%, em 2006). Nordeste aumento de 1,2%; Sul aumento de 0,9%; Sudeste - menor proporção de adolescentes com filhos (5,6%), metade do percentual da região Norte (11,2%). Pesquisa de Registro Civil do IBGE - 2007 mostrou queda na gravidez de adolescentes de 15 a 19 anos - de 20,5% em 2006 para 20,1% em 2007. Assim, em cada cinco gestantes, uma é menor de 20 anos;
4) Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz, uma em cada quatro adolescentes (25%) sexualmente ativas está contaminada pelo HPV, número que sobe para 40% após 5 anos de vida sexual ativa. No Rio de Janeiro, segundo dados da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 30% das mulheres sexualmente ativas carregam o vírus de HPV. Entre as adolescentes, esse número sobe para 50%.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (de 1990), em seu artigo 2º, considera-se criança, a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e adolescentes entre 12 e 18 anos de idade.
Já o conceito de puberdade, caracterizado pela presença de caracteres sexuais secundários compatíveis com determinados parâmetros (escala de Tanner), que em 1990 acompanhava o padrão da adolescência, vem apresentando, nos últimos 20 anos, uma antecipação importante. Hoje, considera-se a puberdade precoce em meninas antes dos 8 anos de idade (até 9 anos é normal) ou em meninos antes dos 9 anos (até 10 anos é normal). Sendo que em 95% das mulheres o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários ocorre entre 8,5 e 13 anos.
Cada vez mais, temos doenças de adultos aparecendo em crianças (obesidade, diabetes, hipertensão e alterações de colesterol e triglicérides). Esse assunto começa a gerar uma conscientização para uma mudança de comportamento (ainda não tão eficaz quanto o desejado), provocada pela antecipação de situações que antes só víamos mais tardiamente. Nossas crianças estão amadurecendo física e hormonalmente sem um suporte educacional, psicológico e até familiar adequado que permita que elas não "adoeçam" precocemente.
E essas "doenças" (gravidez na adolescência, HPV, câncer de mama, entre outras) trazem consigo, não só conseqüências individuais, mas carregam problemas sociais importantes, já comprovados por estudos como abandono precoce de escola (25% temporariamente e 17,5% de forma definitiva), risco de desemprego (70% - segundo a Fundação Oswaldo Cruz), mudança social, riscos de morte (parto e abortamento provocado em adolescentes) e de câncer (mama e colo de útero).
Até quando vamos esperar para tomar medidas mais eficientes e preventivas?
Poucas iniciativas isoladas começam a aparecer, mas sem grande abrangência. Por exemplo, podemos citar a vacinação contra HPV, para ser aplicada no sexo feminino, entre os 9 e os 26 anos de idade. Mas essa vacina ainda é muito cara e inacessível à maioria das jovens (três doses ao custo de cerca de R$ 300 a R$ 400,00 por dose).
Temos que investir na educação, na promoção à saúde. Prevenir ainda continua sendo melhor (mais barato e mais produtivo) do que remediar. Mas como agir? Quais as estratégias mais adequadas?
Não há como atingir as metas desejadas sem a participação de todos:
- Do governo: através de programas educativos, de acesso facilitado a bons serviços de saúde adequados, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
- Da escola: pela orientação sexual e de saúde, tanto para os professores quanto para os alunos
- Da sociedade: na fiscalização dos objetivos propostos;
- Da mídia: com campanhas educativas, evitando a erotização precoce das crianças;
- Dos pais e familiares: na abordagem mais aberta e acolhedora de seus filhos;
- Dos profissionais de saúde: com um preparo mais apropriado na orientação desse grupo de pacientes (por exemplo, pediatras orientando vacinação, cuidados de higiene, auto-exame de mamas e até anticoncepção);
- Dos próprios adolescentes: que não sejam apenas os receptores de toda essa informação, mas também agentes dessa mudança.
A idade mais adequada para essa informação e a metodologia aplicada ainda precisam ser mais aprofundadas, mas a hora é agora!

Dr. Moises Chencinski é médico pediatra e homeopata, autor dos livros "Homeopatia- mais simples do parece" e "Gerar e Nascer um canto de amor e aconchego": www.doutormoises.com.br

domingo, 16 de agosto de 2009

Palestras



- Abuso Sexual Infanto-Juvenil
- Conhecendo as Formas de Violência
- Estatuto da Criança e do Adolescente - Conselho Tutelar
- Drogas - Dá pra viver melhor sem elas
- Família + Escola = Parceria Necessária
- Pais, filhos e escola = Parceria de Sucesso

aliel_ba@hotmail.com

Reflexão

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
Esta é uma reflexão para que, pais, alunos, sociedade, repensem nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

Paulo Feire

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

PROFESSOR – Uma espécie em extinção

Esse texto que escrevo precisamente agora é mais um desabafo.

Desabafo de uma profissional que está lecionando há mais de 22 anos e que não sabe se sobreviverá por mais dez anos, que é o tempo que ainda precisarei trabalhar (por mais que ame muito o que faz).

Trago comigo muitas perguntas que não querem calar. E talvez a mais inquietante é: O que será necessário acontecer para se fazer uma reforma educacional neste país????

Constantemente ouço ou leio reportagens com as autoridades educacionais proclamarem a má formação de seus professores. Culpando as universidades, a falta de cursos de formação e culpando-nos evidentemente.

Se a educação neste país não vai bem só existe um culpado: o professor.

E aí vem meus questionamentos:

Como um professor de escola pública pode fazer o seu trabalho se ele precisa ficar constantemente parando sua aula para separar a briga entre os alunos, socorrer seu aluno que foi ferido por outro aluno, planejar várias aulas para se trabalhar os bons hábitos na tentativa vã de se formar cidadãos mais conscientes e de melhor caráter?

Nos cursos de formação nos é passado constantemente a recusa de um programa tradicional e conteudista, mas nossas avaliações de desempenho das escolas, nossos vestibulares e concursos públicos ainda são tradicionais e nos cobra o conteúdo de cada disciplina.

Como pode num país.....num estado...num município haver regras tão diferentes entre a rede particular e pública?

Na rede particular as escolas continuam conteudistas, há a seriação com reprovação, a escola pode suspender ou até mesmo expulsar um aluno que não esteja respeitando as regras daquela instituição.

A rede pública vive mudando o enfoque pedagógico (de acordo com o partido que ganhou as eleições), é cobrado cada vez menos do aluno, não se pode fazer absolutamente nada com um aluno indisciplinado que até mesmo coloca em risco a segurança de outros alunos e funcionários daquela instituição.

Dia a dia...minuto a minuto... os professores são alvos de agressões verbais e até mesmo física pelos alunos. A cada dia somos submetidos a níveis de stress insuportáveis para um ser humano.

Temos que dar conta do conteúdo a ser ensinado + sermos responsáveis pela segurança física de nossos alunos + sermos médicos + enfermeiros + psicólogos + assistentes sociais + dentistas + psiquiatras + mãe + pai ......

E quando ameaçados de morte e recorremos a uma delegacia pra fazer um boletim de ocorrência ouvimos: “Isto não vai adiantar nada!”

Meus bons alunos presenciam o mal aluno fazendo tudo o que não pode ser feito e não acontecendo nada com ele. É o exemplo da impunidade desde a infância.

Meus bons alunos presenciam que o aluno que não fez absolutamente nada durante o ano, passou de ano como ele, que se esforçou e foi responsável.

Houve um ano que eu tinha um aluno que era muito bom. E ele começou a faltar muito e ir mal na escola. Os colegas diziam que ele ficava empinando pipa ao invés de ir pra escola. Um dia, tive uma conversa com ele, e perguntei o que estava acontecendo? E ele me disse: “Prá que eu vou vir prá escola se eu vou passar de ano mesmo assim?”

Então eu procurei aconselhar (como faço com meus alunos até hoje) que ele devia freqüentar a escola, não para tirar notas boas nas provas ou passar de ano. Ele deveria vir a escola para aumentar seu conhecimento que é o único bem que ninguém poderá roubar.Que a escola iria ajudá-lo a aprender e trocar conhecimentos com os outros e ajudá-lo a dar uma melhor formação na vida..

Depois dessa conversa ele não faltou mais tanto...mas nunca mais voltou a ser o excelente aluno que era.

Qual a motivação de ser bom aluno hoje em dia?

Seus ídolos são jogadores de futebol que não falam o português corretamente e que não hesitam em agredir seus colegas jogadores e até mesmo os árbitros. Ensinando que não é necessário haver respeito as autoridades e aos outros.

Ou são dançarinas que mostram seu corpo rebolando na televisão e pousando nuas para ganhar dinheiro.

Para quê eu me matar de estudar se há tantas profissões que não são valorizados e nem respeitadas? ??

Conheci (e ainda conheço e convivo) ao longo de minha carreira na escola pública, inúmeros profissionais maravilhosos. Pessoas que amam a sua profissão, que se preocupam com seus alunos, que fazem trabalhos excepcionais. Que possuem um conhecimento e formação excelentes, mas que estão desgastados e quase arrasados diante da atual situação educacional.

Li a poucos dias num artigo que os cursos de filosofia, matemática, química, biologia e outros todos ligados a área de magistério não estão tendo procura nas universidades.

Lógico!!!!!Quem é que quer ser professor???

Quem é que quer entrar numa carreira que está sendo extinta, não só pela total desvalorização e respeito, mas também pela falta de segurança que estamos enfrentando nas escolas.

Fiquei indignada com uma reportagem na TV (que aliás adora fazer reportagens sensacionalistas colocando o professor sempre como vilão da história) em que relatava que numa escola um aluno ameaçava os outros com um revólver e num determinado momento o repórter perguntou:”Onde estava o professor que não viu isso??!!”

E agora eu pergunto: “O que se espera de um professor (ou de qualquer ser humano), que se faça com uma arma apontada pra você ou pra outro ser humano??? Ah...já sei...o professor deveria enfrentar as balas do revólver!!!! Claro!!! As universidades e os cursos de aperfeiçoamento de professores não estão nos ensinando isso..

Vocês tem conhecimento de como os professores de nosso país estão adoecendo???

Vocês sabem o que é enfrentar o stress que a violência moral e física tem nos submetido dia a dia?

Você sabe o que é ouvir de um pai frases assim:

“Meu filho mentiu, mas ele é apenas uma criança!”

“Eu não sei mais o que fazer com o meu filho!”

“Você está passando muita lição para meu filho, e ele é apenas uma criança!”

“Ele agrediu o coleguinha, mas não foi ele quem começou.”

“Meu filho destruiu a escola, mas não fez isso sozinho!”

Classes super lotadas, falta de material pedagógico, espaço físico destruído, violência, desperdício de merenda, desperdício de material escolar que eles recebem e, muitas vezes, não valorizam (afinal eles não precisam fazer absolutamente nada para merecê-los), brigas por causa do “Leve-leite” (o aluno não pode faltar muito, não por que isso prejudica sua aprendizagem, mas porque senão ele não leva o leite.)

Regras educacionais dissonantes de acordo com a classe social dos alunos.

Impunidade.

Mas a educação não vai bem, por causa do professor..

Encerro esse desabafo com essa pergunta que li a poucos dias:

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


Por verônica Dutenkefer (20/06/2009)

TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES

ESTA, INFELIZMENTE, É A CRUEL REALIDADE DA EDUCAÇÃO NO BRASIL, SIL, SIL!!!!!!!!!
DEVEVIA SER FEITA UMA CAMPANHA NACIONAL

TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES

Prezado amigo!

Sou professora de Física, de ensino médio em escola pública de uma cidade do interior da Bahia e gostaria de expor a você, o meu salário bruto mensal: R$650,00.
Eu fico até com vergonha de dizer, mas meu salário é R$650,00. Isso mesmo!
E olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão que não possuem curso superior como eu e recebem minguados R$440,00.
Será que alguém acha que, com um salário assim, a rede de ensino poderá contar com professores competentes e dispostos a ensinar?
Não querendo generalizar, pois ainda existem bons professores lecionando, atualmente a regra é essa: O professor faz de conta que dá aula, o aluno faz de conta que aprende, o Governo faz de conta que paga e a escola aprova o aluno mal preparado.
Incrível, mas é a pura verdade!
Sinceramente, eu leciono porque sou uma idealista e atualmente vejo a profissão como um trabalho social. Mas nessa semana, o soco que tomei na boca do estomago do meu idealismo foi duro!
Descobri que um parlamentar brasileiro custa para o país R$10,2 milhões por ano. São os parlamentares mais caros do mundo. O minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte R$11.545.
Na Itália, são gastos com parlamentares R$3,9 milhões, na França, pouco mais de R$2,8 milhões, na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$850 mil e na vizinha, Argentina, R$1,3 milhões.
Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo, 688 professores com curso superior!
Diante dos fatos, gostaria muito, que você divulgasse minha campanha, na qual o lema será:
'TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES'.

Obrigada !! O Brasil agradece.
--
Profa. Patrícia Sousa.
Centro de Formação de Professores - Amargosa - Ba
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UFRB - Universdade Federal do Recôncavo da Bahia

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Charge - Educação


Olhe esta charge e leia o texto final. Muito interessante.


Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.


"Todos pensando em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Passe adiante!

Precisamos começar JÁ!

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

Citação

“Há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem. Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo”.

(Augusto Cury)

CONSELHO TUTELAR

O QUE É O CONSELHO TUTELAR?

O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, cuja função é zelar pelos direitos da infância e juventude, conforme os princípios estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei Federal 8.069/90.


QUEM SÃO OS CONSELHEIROS TUTELARES?

São pessoas que têm o papel de porta-voz das suas respectivas comunidades, atuando junto a órgãos e entidades para assegurar os direitos das crianças e adolescentes. São eleitos cinco membros através do voto direto da comunidade, para mandato de três anos.


COMO ACONTECE O TRABALHO?

Através de denúncias anônimas ou personalizadas.


QUAIS OS CASOS QUE PODEM SER ENCAMINHADOS AO CONSELHO TUTELAR?

Podem ser encaminhados para o Conselho Tutelar casos de maus tratos, negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão que tenham como vítimas crianças ou adolescentes.

Ao receber denúncia de que alguma criança ou adolescentes está tendo seu direto violado, o Conselho Tutelar passa a acompanhar o caso para definir a melhor forma de resolver o problema.


QUAIS AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO CONSELHO TUTELAR ?

· Receber a comunicação dos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos e determinar as medidas de proteção necessárias;

· requisitar matricula e freqüência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental, garantido assim que crianças e adolescentes tenham acesso à escola;

· requisitar certidões de nascimento e óbito de crianças ou adolescentes, quando necessário;

· atender e aconselhar pais ou responsáveis, aplicando medidas de encaminhamento a: programas de promoção à família, tratamento psicológico ou psiquiátrico, tratamento de dependência química;

· orientar pais ou responsáveis para que cumpram a obrigação de matricularem seus filhos no ensino fundamental, acompanhando sua freqüência e aproveitamento escolar;

· requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;

· encaminhar ao Ministério Público as infrações contra os direitos de crianças e adolescentes.


COMO VOCÊ PODE CONTRIBUIR COM O CONSELHO TUTELAR?

· Denunciando;

· Não dando caronas a crianças e/ou adolescentes;

· Evitando a mendicância, ou seja, não dando esmolas nas sinaleiras ou nas ruas.