domingo, 24 de outubro de 2010

A competência de educar é de quem?

Educar é um processo longo e seu resultado, seja ele positivo ou negativo, também demora um bom tempo para aparecer. Assim sendo, hoje podemos avaliar mediante os resultados que temos claramente evidenciado no dia a dia, que a educação não está acontecendo de forma correta seja ela dentro de casa no convívio familiar, seja na escola. Como vivemos no tempo do imediatismo, percebemos que a educação, por ser um processo longo, está perdendo as suas características principais e tudo está sendo feito de qualquer jeito. Há o jogo do empurra, empurra onde a família diz que a educação é responsabilidade da escola e a escola diz que os pais não estão cumprindo com o seu papel de educar. Com esta discussão para saber à quem cabe o papel de educar, as crianças estão crescendo sem qualquer orientação, fazendo tudo o que querem e achando que são os donos do mundo. Temos urgentemente que reestruturar os conceitos de formação de cidadãos a qual fique bem definido qual é o papel da família e qual é o papel da escola, embora saibamos que os dois têm que educar, porém cada um na sua área.

Quando se fala que família e escola têm que caminhar juntas não se quer dizer que uma vai desempenhar o papel da outra e sim que uma vai auxiliar e completar a outra.

A família quando educa seu filho transmite a ele seus valores e conceitos podendo cobrar dele atitudes dentro do que lhes foi ensinado. A escola ao ocupar o lugar da família tentará transmitir valores e conceitos de uma maneira coletiva.A criança em formação não sabe distinguir qual é a maneira certa e sim qual é a maneira mais fácil. Se em casa tudo é permitido ele avança; se na escola existem regras e estas são praticadas ele as cumpre. Reclama, mas cumpre.

Afinal que cidadãos teremos no futuro com este tipo de comportamento?

O certo e o errado não existem para ele e sim o aproveitar a oportunidade. “Se na minha casa eu posso fazer o que na escola é proibido, eu vou aproveitar a minha casa e agir como eu quero”.

Será que é este tipo de pessoa que queremos formar?

O psiquiatra e escritor Içami Tiba, fala em sua entrevista sobre a falta de limites que está levando gerações inteiras à falta de cidadania.

Sugestão de Leitura – Quem Ama, Educa! Içami Tiba.

Há também Quem Ama, Educa! para Adolescentes.
Reflita sobre este tema e deixe aqui a sua opinião. Todos nós que estamos envolvidos neste processo de Educar temos que partilhar nossas experiências.

Texto extraído do Blog EducaJá

Será que os pais têm consciência do quanto influenciam os filhos na construção de sua identidade?

Esta, com certeza, é uma questão que requer muitas reflexões, se não para obtenção de respostas, ao menos para propiciar o debate entre família e escola. A construção de identidade da criança acontece a partir da qualidade da vida afetiva que será construída ao longo dos seus primeiros anos de vida, e, neste momento, a mediação da família é fundamental para que o filho desenvolva habilidades e para que possa, ao longo do seu desenvolvimento, ser mais competente em suas escolhas.
São inúmeras as influências para a formação de uma criança, por este motivo pais e escola devem caminhar juntos na tarefa de transmitir valores necessários para esta formação. No entanto, parece natural que os pais se ocupem disso, e é importante salientar que a escola também é corresponsável por esta orientação e formação, mas, nos últimos tempos, vem ampliando seu papel ao lidar com o resultado direto do que a família produz nos filhos. Como nos dia de hoje a criança permanece muito tempo na escola, o investimento em cada filho está cada vez maior, havendo, inclusive, uma inversão de valores, e a criança aprende desde cedo a ter seus desejos satisfeitos. Se a família ceder ao individualismo e cortar os vínculos estáveis com os filhos, ela produzirá cada vez mais egos inseguros.
A atitude dos pais na criação de seus filhos são aspectos que interferem, de forma positiva ou negativa, no seu desenvolvimento. Se a função da família é transmitir valores, afeto, segurança e proporcionar condições para o bom desenvolvimento e construção da autonomia da criança, é necessário que ela seja construtiva, pois a infância é direito de todos, e nesse sentido eles precisam de amparo, cuidados e educação.

Texto da pedagoga Claudia Roberta Monteiro Silva enviado ao Jornal Virtual. Claudia ainda é psicopedagoga institucional e clínica e mestranda em Ciências da Educação.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A valorização do professor é fator decisivo para uma educação de qualidade

Em ano eleitoral, quero levantar uma bandeira em prol da educação de qualidade. Pois, que a educação no nosso País vai mal, não é novidade. Aliás, essa é uma informação recorrente nos meios de comunicação. Principalmente, quando os dados de alguns índices de avaliação são divulgados. Isso é real. O que não é real é o fato de apontarem o professor como o único e principal responsável por essa situação. Quando, na realidade, ele é um entre tantos outros responsáveis pela educação, inclusive, o Governo e os pais. Isso mesmo, ele é um dos profissionais que atua na escola, mas não o único. Outro fator agravante é o fato de aceitarem que educação seja “doação”. Até mesmo o professor “inconscientemente” age desse modo. Pois, quando alguém pergunta a ele o que faz, o mesmo responde: “dou aula”. Quando me refiro à valorização do professor, não faço uma cobrança unilateral, apenas ao Governo, à Secretaria de Educação ou ao MEC. Cobro também a valorização pessoal do professor. É preciso que ele tenha orgulho do que faz, é preciso sentir-se importante em sua tarefa, que é educar. Para isso, em primeiro lugar, o professor precisa parar de se sentir o “coitadinho” e ir à luta! Até porque quem trabalha na educação já é um “Herói”.
Vocês sabem qual é a rotina de um professor? Não? Pois, todos deveriam conhecer a desgastante rotina de quem trabalha com educação, ainda mais no Brasil. Falar horas seguidas, trabalhar em pé e ter “jogo de cintura” para lidar com alunos problemáticos são desafios que exigem bastante do físico e do psicológico. E, cedo ou tarde, as más condições de trabalho resultam em problemas que comprometem a eficiência do profissional. Conforme dados consultados, o número de professores que ficam doentes a cada ano é assustador e, em função disso, milhares de faltas são abonadas uma vez que foram acarretadas em função de problemas de saúde. E, nisso, os pais também têm uma grande responsabilidade. Conheço alguns que dão graças a Deus quando mandam os filhos para a escola, pois nem eles agüentam. Sem falar que não dão o mínimo de educação para seus filhos em casa. Como pode? Lembre-se que educação vem de berço. As tarefas ficariam mais equilibradas se cada uma das partes desempenhasse bem o seu papel: os pais educam e os professores ensinam. Embora, a grande maioria acha que as tarefas são as mesmas, mas não são. Como essas tarefas não estão equilibradas, o professor na maioria das vezes tem que se desdobrar para ensinar e fazer o papel de pai, mãe, assistente social, psicólogo, malabarista, etc., e, em função disso, é comum encontrarmos professores estressados, mal humorados, de mal com a vida, sem paciência com os alunos. Não se assustem, agora, pelos menos, temos um nome “chique” para isso, esses sintomas fazem parte da síndrome de Burnout (já que no passado, dizia-se do professor que apresentasse esses sintomas que ele estava “tãn tãn” e, recentemente, que “pirô o cabeção”). Melhor esclarecendo, a síndrome de Burnout caracteriza-se por uma excessiva exaustão física e emocional, começa com um sentimento de desconforto que aumenta, enquanto a vontade de lecionar diminui. Burnout pode ser traduzido como queimar, pifar. O principal causador da síndrome de Burnout é o estresse. E o professor tem motivos de sobra para ficar estressado. Você acha que não? Então, troque de lugar com ele a penas por um dia e depois você me fala. Governo, sociedade, pais, façam algo rápido, levantem também uma bandeira em prol da educação de qualidade, pois, caso contrário, a síndrome de Burnout, continuará a fazer vítimas.
Texto de Zélia Nolasco Freire enviado ao Jornal Virtual. A educadora é formada em Letras com Licenciatura Plena, com Doutorado em Letras pela UNESP/Assis. Professora dos Cursos de Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Classes multisseriadas

Este tema foi abordado no documentário Ser e Ter (Être Et avoir), que acompanha os estudantes de uma escola rural da França, do jardim da infância até o último ano do ensino fundamental 1, dos quatro aos 11 anos.
O filme mostra as crianças em pleno processo de formação do conhecimento e da identidade pessoal, acompanhando-as em sua transição do universo familiar para um ambiente em que é levada em conta sua individualidade, sem pressupostos. Mas o que são classes multisseriadas? São aquelas onde alunos de níveis diferentes estudam juntos numa sala, e o professor atende simultaneamente várias séries.
Penso que a maioria das pessoas imagina que as classes multisseriadas são aquelas onde há alunos com diferentes níveis de capacidade de aprendizagem, mas há vários outros tipos. Há, inclusive, algumas que trazem estudantes com diferenças de sexo, idade, língua materna, carga cultural, pensamento e política. Sim, de pensamento e política também, porque as classes multisseriadas estão em todos os países, não é privilégio do Brasil. Deparamo-nos com alunos oriundos de outros países, principalmente quando os pais são designados para trabalhar no exterior e colocam seus filhos em classes deste tipo.
Quase sempre foram consideradas ensino de segunda categoria. No entanto, está havendo uma mudança significativa na forma de conduzi-las, com a alteração de estratégia de algumas ações.
A organização da sala em pequenos grupos e o trabalho em pares transformou tal metodologia em vantagem pedagógica atestada por pesquisas, que demonstraram a eficiência dos grupos. Isso acontece porque classes multisseriadas são heterogêneas e exigem práticas que atendam a alunos com diferentes características. Introduziu-se, também, por meio dela, a aprendizagem cooperativa e as estratégias de ensino, que passaram a ser personalizadas.
Em grupos, as crianças sempre apresentam desempenho cognitivo superior ao que mostrariam se realizassem as mesmas tarefas individualmente. E isso é verdade tanto para as mais avançadas como para as que têm algum tipo de dificuldade, para as mais velhas e para as mais novas.
O professor começou a usar guias, material pedagógico com informações e exercícios especialmente elaborados para que as crianças resolvam os problemas individualmente ou em pequenos grupos e, depois, sejam capazes de aplicar os conhecimentos em casa para resolver os desafios cotidianos. A avaliação do conhecimento e da autoestima das crianças passou a ser feita várias vezes durante o processo de aprendizagem.
Enfim, para obter bons resultados com classes multisseriadas, é imprescindível superar os pontos fracos e praticar ativamente os pontos positivos.

Texto de Sueli Dib enviado ao Jornal Virtual. A educadora é formada em Pedagogia com Licenciatura Plena e formação para Docência das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, Administração Escolar, Supervisão Escolar e Orientação Educacional.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Professoras do Século XXI: conflitos que adoecem

Quem não teve em sua vida uma professora que foi seu exemplo? Eu tive algumas que estão, até hoje, em minha memória e no meu coração. Não há muito tempo, encontrávamos apenas mulheres como professoras. Na atualidade, ainda encontramos uma maioria de mulheres como professoras, principalmente na Educação Infantil e Fundamental I. Portanto, dedico esta crônica a essas mulheres maravilhosas!!!
Você já se perguntou por que se tornou professora? Ainda mais... Por que continua na profissão?
Tenho um palpite. Vocês são movidas pela Paixão! Sim... Paixão! A Paixão em Educar!
Pertencemos à geração da busca incessante do conhecimento, mutável, improvável, surpreendente, libertador. Do professor educador, pesquisador, mediador, flexível, irrepreensível... o Professor Show! Das Educações Tecnológica e Inclusiva.
Que magnífico! Os tempos mudaram! Mas você está preparada para ser uma professora do século XXI?
Despenca sobre nós, professoras, uma avalanche de deveres e responsabilidades. Uma carga um tanto pesada, física e emocional. A física, quase sempre, conseguimos superar. Mas, e a emocional?
Encontramos muitos estudos a esse respeito e nada animadores. Quantos conflitos enfrentamos e suportamos dentro e fora da sala de aula? Dentro, quando estamos com nossos alunos, e fora, quando prestamos contas para nossos gestores. Sem mencionar a parte burocrática – como planejamento, diários, reuniões de pais, atividades extracurriculares, relatórios e mais relatórios... e por aí vai...
Muitas vezes, temos ainda jornada dupla... e tripla, quando chegamos em casa. Quando um aluno não se adapta a uma determinada turma, é prontamente transferido para outra a fim de que os objetivos pedagógicos sejam alcançados. E a professora? Tem esta mesma chance de adaptação caso necessite? Na escola particular, que não deixa de ser uma empresa, nossos gestores analisam nosso currículo, nosso perfil e decidem nossa vida pedagógica. Se formos “aprovados” para o próximo ano, muitas vezes nem sabemos para qual turma lecionaremos.
Observo excelentes professoras tolhidas da sua liberdade de ensinar em prol de um sistema educacional pautado em filosofias escritas, mas não praticadas. Um sistema de procedimentos e comportamentos moldados por critérios não esclarecidos e que, por vezes, vão ao desencontro daqueles que acreditamos. “Meninas” recém-formadas são “atiradas” em salas de Educação Infantil, porque não é fundamental ter experiência. Será? E, da noite para o dia, tornam-se “mães” de várias criancinhas (umas 15, sendo bastante otimista). É a prova de Fogo! Somos avaliadas constantemente. O quê é avaliado? Os critérios são bem definidos? O perfil da sua turma é considerado?
É assim a Professora do Século XXI: completa! Portanto, estude... estude... estude... atualize-se.
Realmente... os tempos mudaram! A educação também!
A qualidade, penso eu, não é mais certificada por ser escola pública ou particular, classes A, B ou C... Quem rege a qualidade da educação é a Equipe Pedagógica, toda a equipe, desenvolvendo um trabalho de união, de parceria, de companheirismo e, acima de tudo, de igualdade e respeito.
Professoras, não desanimem! Vocês são o coração da escola. Não um simples coração, mas um coração extremamente apaixonado! Gestores, registro aqui o meu alerta: cuidem de suas professoras porque elas estão doentes! Uma doença invisível, mas que pode matar. A doença da alma!

Texto de Soraya Lopes, pós-graduada em Educação e professora de Informática e Robótica Educacional na rede particular de ensino da cidade de São Paulo e Capacitação de Professores.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Reflexão: A extinção dos professores

O ano é 2059 D.C. - ou seja, daqui a cinqüenta anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:

– Vovô, por que o mundo está acabando?

A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:

– Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.

– Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?

O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.

– Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?

– Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.

– E como foi que eles desapareceram, vovô?

– Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.

Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me ensinar”, ou “para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou ainda “meu pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”. O professores eram vítimas da violência – física, verbal e moral – que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.

Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. “Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.

Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão, sindicalistas – enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.

Ah, mas teve um fator chave nessa história toda. Teve uma época longa chamada ditadura, quando os milicos colocaram os professores na alça de mira e quase acabaram com eles, que foram perseguidos, aposentados, expulsos do país, em nome do combate aos subversivos e à instalação de uma república sindical no país. Eles fracassaram, porque a tal da república sindical se instalou, os tais subversivos tomaram o poder, implantaram uma tal de “educação libertadora” que ninguém nunca soube o que é, fizeram a aprovação automática dos alunos com apoio dos políticos... Foi o tiro de misericórdia nos professores. Não sei o que foi pior – os milicos ou os tais dos subversivos.

– Não conheço essa palavra. O que é um milico, vovô?

– Era, meu filho, era, não é. Também não existem mais...

Autoria: Procura-se


Um texto como esse merece ter o nome do autor. Se alguém descobri, por favor me envie.
Quando recebi esse texto fiquei muito preocupada... pois há pouco tempo em algumas palestras eu falava que, diante das coisas que vinham ocorrendo futuramente as pessoas não iram mais querer ser professores. Só que quando eu falava isso, imaginava que esse futuro estivesse mais longe... De repente, me deparei com uma propaganda do MEC que dizia: "Seja um professor". Tamanho foi o susto, pensei até que era um pesadelo: – Meu Deus já está acontecendo e eu estou vivenciado isso? É, infelizmente foi real.
Agora, lendo este texto chega a me dá medo e sinto muita tristeza. Será que vai acontecer isso mesmo?
Caros colegas, povo brasileiro, vamos fazer algo para não presenciarmos esse triste e doloroso futuro. Ou, vamos pelo mesmo tentar, para que outras pessoas tenham o direito de conhecer esse maravilhoso profissional e ter um futuro mais digno, mais humano. Espero que todos aprendam a dar valor e respeitá-los para que não tenhamos mais essa espécie em extinção.

Leila Silva


sexta-feira, 26 de março de 2010

O Significado das Doenças

Segundo a psicóloga americana Louise L. Hay, todas as doenças que temos são criadas por nós. Afirma ela que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo.
“Todas as doenças tem origem num estado de não-perdão. Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar. Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento.”
A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis causas, elaboradas pela psicóloga Louise.
Reflita. Vale à pena tentar evitá-las.

DOENÇAS / CAUSAS:

AMIGDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada.
ANOREXIA: Ódio ao externo de si mesmo.
APENDICITE: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.
ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem.
ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo.
ASMA: Sentimento contido, choro reprimido.
BRONQUITE: Ambiente família inflamado. Gritos, discussões.
CÂNCER: Magoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.
COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria.
DERRAME: Resistência. Rejeição a vida.
DIABETES: Tristeza profunda.
DIARREIA: Medo, rejeição, fuga.
DOR DE CABEÇA: Autocrítica, falta de autovalorização.
ENXAQUECA: Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.
FIBROMAS: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro.
GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação.
HEMORRÓIDAS: Medo de prazos determinados. Raiva do passado.
HEPATITE: Raiva, ódio. Resistência a mudanças.
INSÔNIA: Medo, culpa.
LABIRINTITE: Medo de não estar no controle.
MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio. v
NÓDULOS: Ressentimento, frustração. Ego ferido.
PELE (Acne): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.
PNEUMONIA: Desespero. Cansaço da vida.
PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido.
PRESSÃO BAIXA: Falta de amor em criança. Derrotismo.
PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.
PULMÕES: Medo de absorver a vida.
QUISTOS: Alimentar mágoa. Falsa evolução.
RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas.
REUMATISMO: Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.
RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.
RINS: Crítica, desapontamento, fracasso.
SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.
TIREOÍDE: Humilhação.
TUMORES: Alimentar mágoas. Acumular remorsos.
ÚLCERAS: Medo. Crença de não ser bom o bastante.
VARIZES: Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.

Curioso, não?
“Por isso, vamos tomar cuidado com os nossos sentimentos, principalmente daqueles que escondemos de nós”, conclui a psicóloga.

Queridos sem perdão ficaremos doentes, então não deixe para perdoar amanhã, vamos perdoar agora em nome de Jesus.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Jornada Pedagógica de Amélia Rodrigues



No dia 03/02/2010 participei da Jornada Pedagógica na cidade de Amélia Rodrigues-BA. O evento foi organizado juntamente com Ministério Público, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Contou ainda com a participal do Conselho Tutelar daquele município. Houve uma palestra sobre abuso sexual, tema de monografia da formanda da UEFS, Jamile Belmon. Em seguida ministrei a palestra: Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Conselho Tutelar e Escola. Os professores foram muito receptivos e atenciosos durante todo o evento.

Agradeço a Joacy Souza Crescêncio e demais organizadores pelo convite e parabenizo pelo belíssimo evento.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Projetos - Educação Infantil

O projeto "Brincando com o corpo" foi realizado em uma Escola Municipal, no ano de 2007, com uma turminha de Educação Infantil bem bacana. Foi sucesso garantido... imagine como a galerinha ficou feliz... Aprender brincando, hein? Que delícia! Não posso negar que também aproveitei bastante e entre com tudo na brincadeira.



“O brincar, por ser uma situação onde predomina o prazer sobre a tensão,

favorece o relaxamento e consequentemente a emergência de novas idéias,

a criatividade que combina conteúdos e dinâmicas conscientes e inconscientes”

Vera Barros de Oliveira (2000)


JUSTIFICATIVA

O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mímicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo. A dimensão corporal integra-se ao conjunto das atividades da criança. O ato motor faz-se presente em suas funções expressivas, instrumental ou de sustentação às posturas e aos gestos.

Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão inseridas.

A diferenciação de papéis se faz presente, sobretudo, no faz-de-conta, quando as crianças brincam como se fossem o papai, a mamãe, o filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões, etc, imitando e recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências. A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas, o eu e os outros.

Segundo Piaget: “quando uma criança brinca assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade”. Compreendendo a importância para o desenvolvimento pleno da criança de três anos, propomos através deste projeto uma maior valorização da brincadeira como aspecto importante para o desenvolvimento psico, cognitivo e social. Buscando conhecer o próprio corpo em suas múltiplas dimensões (gesto, sentidos, sensações). Através de um trabalho sistematizado com movimento, aproveitando a ocorrência do mês de outubro, que se constitui mês significativo para a Educação Infantil.


OBJETIVOS


Gerais

- Promover momentos que estimulem a percepção de expressões faciais e corporais;

- Possibilitar situações nas quais as crianças aprimorem suas habilidades psicomotoras;

- Ampliar a noção de lateralidade, mediar o processo de ampliação relacionado ao gênero e diversidade social;

- Proporcionar experiências que envolvam a utilização dos sentidos.


Específicos:

- Explorar das possibilidades de gestos e ritmos corporais, como meios de expressão e comunicação;

- Deslocar-se com destreza progressiva no espaço físico, desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras e sociais;

- Ampliar as possibilidades expressivas do próprio corpo dinâmico;

- Conhecer gradativamente os limites e potencialidades do próprio corpo;

- Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo, conhecendo e identificando seus segmentos e elementos e desenvolvendo cada vez mais uma atitude de interesse e cuidado com o próprio corpo;

- Adquirir uma imagem positiva de si, ampliando a autoconfiança, auto-estima, pondo em prática a autonomia.


ALGUMAS MÚSICAS E ATIVIDADES REALIZADAS DURANTE O PROJETO


Para começar

Olá, olá, eu já cheguei

E dou um bom dia pra vocês. (BIS)

Bato palmas, 1-2-3,

E dou um bom dia pra vocês. (BIS)

Bato os pés, 1-2-3,

E dou um bom dia pra vocês. (BIS)

Dou um abraço, no meu vizinho,

E dou um bom dia pra vocês. (BIS)

Dou um beijinho, bem meladinho,

E dou um bom dia pra vocês. (BIS)

Expressões faciais

Vamos fingir que estamos:

- Chupando limão. Então, façam cara de quem está sentindo gosto de azedo.

- Com muito sono. Façam cara de quem está com sono.

- Bravos. Façam cara de quem está bravo.

- Alegres. Façam cara de quem está muito alegre.


Quantos? Quantas? (Partes do corpo)

Quantos temos? (Vai tocando e falando) nariz, dedos, mãos, pés...

Os alunos deverão tocar na parte do corpo que a pró falar e dizer a quantidade.

Em seguida ouvir a música Toque o Dedo (Xuxa), expressando o que pede a letra da música.


Brincando de trenzinho

Enquanto os alunos cantam a música Trem de Ferro. Formar um “trenzinho” colocando as mãos nos ombros do colega. Conduzir o “trenzinho” de alunos devagar pela sala ou pelo pátio. O primeiro da fila é o maquinista. Mudar várias vezes as posições dos alunos na fila e perguntar: “Quem é o maquinista agora?”


Direita e esquerda

Ouvir a música “Dedos das mãos, dedos dos pés” (Xuxa), fazendo gestos de acordo com a letra da música.

Produzir painel onde os alunos deverão escolher a cor da tinta guache e deixar a impressão da sua mão direita e esquerda.

Em outro painel os alunos deverão escolher a cor da tinta guache e deixar a impressão de seu pé direito e esquerda.


Brincando com o corpo (Semana da Criança):

- Amarelinha

- Dança das cadeiras

- Dança da laranja

- Estourar bola (no pé / na mão do colega)

- Passando por baixo da corda

- Serra-serra serrador

Música: Meu ursinho

O meu ursinho é carinhoso
Me dá um beijo e bem gostoso
Me dá um abraço bem apertado (bis)


Me faz carinho, me faz carinho

Com a patinha alisa meu rosto

Faz cafuné, faz cafuné
Coça minhas costas e depois meu pé


O meu ursinho é carinhoso
Me dá um beijo e bem gostoso
Me dá um abraço bem apertado (bis)


É uma gracinha, é uma gracinha
Mas também gosta de fazer cosquinha, cosquinha


Música: As mãozinhas (Eliana)

Palminhas, palminhas, nós vamos bater
Depois as mãozinhas, pra trás esconder
De um lado e do outro, nós vamos bater
Depois as mãozinhas, pra trás esconder

Palminhas, palminhas nós vamos bater
Depois as mãozinhas, pra trás esconder
Bem forte e bem fraco, nós vamos bater
Depois as mãozinhas, pra trás esconder

Palminha, palminha, nós vamos bater
Depois as mãozinhas pra trás esconder
Pra baixo e pra cima, nós vamos bater
Depois as mãozinhas pra trás esconder

Palminhas, palminhas, nós vamos bater
Depois as mãozinhas pra trás esconder
Pra frente e pra trás, nós vamos bater
Depois as mãozinhas pra trás esconder

Palminhas, palminhas nós vamos bater
De um lado e do outro
Bem forte e bem fraco
Pra cima e pra baixo
Pra frente e pra trás
Nós vamos bater


Música: Dedinhos (Eliana):

Polegares, polegares
Onde estão? Aqui estão.
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão.

Indicadores, indicadores
Onde estão? Aqui estão.
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão.

Dedos médios, dedos médios
Onde estão? Aqui estão.
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão.

Anulares, anulares
Onde estão? Aqui estão.
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão.

Dedos mínimos, dedos mínimos
Onde estão? Aqui estão.
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão.

Todos os dedos, todos os dedos
Onde estão? Aqui estão.
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão.


Dançando a música: Homenzinho torto (Aline Barros):

Havia um homenzinho torto
Morava numa casa torta
Andava num caminho torto
Sua vida era torta
Um dia o homenzinho torto
A bíblia encontrou
E tudo que era torto
Jesus endireitou


Dançando a música: Estátua (Xuxa):

Mão na cabeça, mão na cintura
Um pé na frente e o outro atrás
agora ninguém pode se mexer,estátua

Rodando, rodando
Braços esticados
Não pode parar continue rodando
Quero saber quem é que consegue ficar parado
A gente vai ter que rodar
Roda,roda no lugar
Ninguém aqui pode cair
e eu vou contar pra terminar
3, 2, 1, estátua!


Dançando a Música: Sem parar (Xuxa)

Bate, bate, bate as mãos, batendo sem parar.

Bate rapidinho agora...

Alongamento / relaxamento:

Fazer uma ginástica alongando a musculatura, trabalhando a respiração, relaxando o corpo.


Para relaxar - Música: Brincar de sonhar (Xuxa)

Todo mundo sentando quietinho,

todo mundo deitando no chão
Dando as mãos, vamos brincar
Ouça o seu coração
Todo mundo fechando os olhos
Todo mundo pensando em alguém
Veja agora um lindo lugar
Vamos brincar de sonhar
Quanto mais a gente imaginar
Quanto mais além
Vamos ter mais história quando acordar sonho de brincar
Quem quiser pode dar um sorriso
Quem quiser pode até encontrar
Um novo amigo nesse lugar,

feito pra gente sonhar
Vale tudo que o sonho sonha
Vale tudo que a gente quiser
Nenhuma regra existe aqui
Vamos brincar de dormir

domingo, 14 de fevereiro de 2010

As fases de aquisição da escrita

As fases de aquisição da escrita, segundo Emília Ferreiro, são:
1) fase pré-silábica
2) fase silábica
3) fase silábica-alfabética
4) fase alfabética



Cada fase com suas características:
1) Fase pré – silábica
- Sabe que a escrita é uma forma de representação;
- Pode usar letras ou pseudoletras, garatujas, números;
- Não compreende que a escrita é a representação da fala;
- Organiza as letras em quantidade ( mínimo e máximo de letras para ler);
- Vai direto para o significado, sem passar para sonora;
- Variação de letras – ALSI (elefante);
- Relaciona o tamanho da palavra com o tamanho do objeto (Realismo Nominal).

2) Fase silábica

A) Sem valor sonoro:
- Ainda não faz relação com o som com a grafia.

- Usa uma letra para representar cada sílaba, sem se preocupar com o valor sonoro.
Exemplos:             BOLA __PT                                CAVALO___BUP

B) Com valor sonoro:
- A escrita representa a fala;
- Percebe a relação de som com a grafia;
- Escreve uma letra para cada sílaba.


Exemplos:   BOLA____OA (valor sonoro só nas vogais)             BOLA____BL ( só usa consoantes)

3) Fase silábica-alfabética
- Apresenta a escrita algumas vezes com sílabas completas e outras incompletas;
- Alterna escrita silábica com alfabética.
Exemplos:             CAVALO_____CVLU                                TOMATE_____TOMT

4) Fase alfabética
- Faz a correspondência entre fonemas (som) e grafemas (letras);
- Escreve como fala.

Exemplos:            CAVALO _______KAVALU                                TOMATE_______ TUMATI


"... A minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual, por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa".

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mensagem do Mês

FRACASSADO OU VITORIOSO

Um dia, um jovem rapaz, desanimado com a vida e com as pessoas, procurou um velho professor, para ajudá-lo e disse:

– Venho aqui, professor, porque me sinto inútil, não tenho ânimo.

Dizem por aí que sou uma droga, que não sirvo para nada, que não faço tarefas bem feitas. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais? O professor, sem olhá-lo, disse:

– Sinto muito, meu jovem, mas não posso ajudá-lo.

E fazendo uma pausa, falou:

– Eu concordo com tudo isto que andam falando por ai.

O rapaz totalmente abalado abaixou a cabeça e foi saindo de fininho.

E o professor continuou:

– Meu jovem, olhe para mim... você acaba de provar que tudo isto é verdade.

O jovem com os olhos cheios de lágrimas disse:

– Mas o senhor nem olhou para mim, como pode dizer isto?

E naquele instante o professor lhe respondeu:

– Digo isto porque quando me referi que você era tudo o que estavam falando, você aceitou e já ia saindo sem

perguntar o por que eu também achava isto de você.

E o professor continuou:

– Um dia fui insultado com estas mesmas palavras e pior fui chamado de incapaz, burro e incompetente.

E você acha que eu desisti, terminei meus estudos provando para mim mesmo que sou capaz, e Deus me criou para ser sua imagem e semelhança e hoje estou aqui sentado nesta mesa como professor. Então meu querido aluno... te digo:

– Erga-se, lute pelo que você quer, e toda vez que você acordar faça como eu, olhe no espelho e se pergunte:

“Eu quero ser um fracassado ou um vitorioso?” Eu escolhi vitorioso e você?

O jovem saiu sorrindo sem palavras e daquele dia em diante via-se um sorriso em seu rosto. Aquele velho professor nunca mais viu o jovem cabisbaixo...

Reflexão: Quantos vícios trazemos conosco: O desânimo, e ainda falamos: Ai eu não posso, ai eu não consigo, sou um fracassado, sou um inútil, mas hoje você pode escolher, viver neste mundinho, ou realmente ser um vitorioso liberto pelo Senhor. O que você quer? A decisão é sua!!!

Três dicas para uma classe participativa

Algumas vezes, as aulas parecem se arrastar. Você tenta de tudo para conseguir a participação dos estudantes, mas nada. Uma das causas da apatia pode estar em seus alunos. Se eles não encontram nenhum ponto de contado entre si e com você e sua aula, se não sabem porque estão ali, bem, ninguém vai participar mesmo.

1. Use o conhecimento dos alunos. Imagine-se, leitor, caindo no meio de um seminário sobre neurocirurgia. Ou sobre técnicas avançadas de construção de pontes. Ou treinamento de um time de rúgbi. Bem, muitos de seus alunos também se sentem assim. Não é seu conhecimento que importa, mas o que eles sabem sobre aquele assunto. Assim, ligue sua matéria com algo palpável. Pode ser uma maneira de melhorar a precisão do chute para ensinar física, gastos com roupas e comidas para lecionar matemática e os grupos étnicos da cidade para falar sobre história e geografia.

2. Inclua uma meta. O que os alunos vão receber ao final daquela matéria? A resposta “passar de ano” não vale muito. Procure dar-lhes motivos práticos. Português, por exemplo, é uma das coisas mais úteis para uma banda de garagem fazer letras decentes. Matemática e física os ajudam a organizar melhor o dia-a-dia e a ganhar tempo.

3. Participar não é brigar nem concordar. Mostre a eles, desde cedo, que podem ter opiniões diferentes entre si (e até divergir do professor) e se expressar sem cair nos ataques pessoais e brigas. Isso vai estimular o debate uma vez que alguns alunos pensam que devem engolir tudo o que o professor diz. Com isso, preferem não dizer o que pensam (pois estão pensando “errado”), e não participam. Estimule o debate civilizado.
(Autora: Adelaide Marques)